A cidade vazia, todo mundo vivendo o verão em altitudes distantes.
A lua pendurada no céu como filme saído de um velho projetor.
Silêncio terrível na noite que começa.
Resolvo fazer café para mim mesmo e exagero a quantidade.
Acabo bebendo tudo porque sempre lembro o quanto você odeia desperdícios.
Essa noite imensa, vagando pela casa como menino perdido no supermercado.
Um astronauta poderia ter visto a tristeza em meus olhos, lá do espaço.
* * *
essa pena irremediável de você,
de mim,
de todos que insistem em continuar amando,
da verdade e do erro em nossas crenças,
do absurdo simples do amor
e do absurdo complicado do amor criado pelas pessoas.
janeiro 20, 2009 às 3:01 am
e lá vamos nós, sempre insistindo, insistindo e insistindo.
janeiro 29, 2009 às 4:36 pm
Retornando à cidade fria e vazia em pleno verão.
Saudades do verão.